Cabelo registra exposições químicas ao longo do tempo ^{CEFR B1}

Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin demonstraram que o cabelo humano pode registrar exposições químicas ao longo de dias, semanas e meses. Como o fio cresce lentamente, partes diferentes do cabelo preservam informações de períodos distintos, permitindo reconstruir uma linha do tempo que sangue ou urina não conseguem mostrar.

O estudo começou quando Anna Neville, então aluna na disciplina de química do ar interior ministrada por Pawel Misztal, testou um fio seu no laboratório. Ao aquecer as mechas, o método liberou moléculas identificadas em tempo real por um espectrômetro de massa.

A equipe combinou dessorção térmica com um espectrômetro de tempo de voo por transferência de prótons, apelidado de "sniffer", que varre fios intactos e evita trituração e extração química. Em tufos doados, foram identificados mais de 1.000 compostos, incluindo ftalatos e resíduos de fumaça de cigarro. O estudo, publicado na revista Chemical Research in Toxicology, destaca que grande parte da exposição ocorre em ambientes internos, onde as pessoas passam cerca de 90% do tempo. Os autores recomendam medidas práticas e soluções de engenharia para melhorar o ar interno.