Um novo estudo publicado na PLOS One mostra que pequenas partículas plásticas nos oceanos podem influenciar como cientistas medem o carbono marinho. Microplásticos coletados com partículas orgânicas podem liberar carbono na combustão que se apresenta da mesma forma que o carbono de matéria orgânica natural.
Os pesquisadores aplicaram um conjunto de ferramentas analíticas rotineiras para medir o conteúdo de carbono em amostras de água e sedimento. Em seguida, calcularam o rendimento de carbono tanto de contaminantes microplásticos quanto de matéria orgânica sedimentar, usando os mesmos tipos de medidas que se usam para rastrear o movimento e o armazenamento do carbono nos ambientes marinhos.
O autor correspondente, Luis Medina, explica que as ferramentas não conseguem distinguir entre carbono natural e carbono de plástico. Os autores alertam que essa contaminação pode impactar medições passadas e modelos climáticos e defendem a reavaliação das melhores práticas para processamento de amostras. A pesquisa recebeu apoio parcial de várias bolsas da National Science Foundation (NSF) e foi divulgada pela Stony Brook University.
Palavras difíceis
- microplástico — pequenas partículas de materiais sintéticos no oceanomicroplásticos
- combustão — processo de queimar material com fogo ou calor
- rendimento — quantidade de carbono medida numa análise
- sedimentar — relacionado aos sedimentos no fundo do mar
- ferramenta — instrumento ou método usado para uma análiseferramentas
- distinguir — ver ou notar diferenças entre duas coisas
- contaminação — presença de substâncias indesejadas ou poluentes
Dica: passe o mouse, foque ou toque nas palavras destacadas no artigo para ver definições rápidas enquanto lê ou ouve.
Perguntas para discussão
- Como você acha que a contaminação por microplásticos pode afetar estudos sobre o clima?
- Que medidas simples de laboratório poderiam reduzir a contaminação das amostras?
- Você concorda que devemos reavaliar medições antigas de carbono? Por quê?
Artigos relacionados
Novo método recicla baterias com menos produtos químicos
Pesquisadores da Rice University criaram o processo FJH-ClO para separar lítio e metais de baterias usadas. O método usa calor rápido e gases controlados, recupera materiais com alta pureza e reduz energia e produtos químicos.
O Jardim Creole: Uma Resposta às Crises
O Jardim Creole é um modelo agrícola que ajuda as famílias a se auto-sustentarem, promovendo a solidariedade e a segurança alimentar. Este sistema tradicional está se revitalizando como uma forma de enfrentar desafios, como as mudanças climáticas.
Colapso de barragem em mina de Lubumbashi libera água tóxica
No dia 4 de novembro de 2025, uma barragem numa mina em Lubumbashi colapsou e liberou água ácida e contaminada. Autoridades visitaram o local; houve suspensão temporária das atividades e investigação anunciada.
Canal Funan Techo no Camboja
Em 5 de agosto de 2024 o primeiro-ministro Hun Manet inaugurou simbolicamente o projecto do canal Funan Techo. O governo promete comércio e empregos, mas ambientalistas e o Vietname avisam sobre riscos ao delta do Mekong.
Derramamento de petróleo em Esmeraldas contamina rios e praias
Em março de 2025 um grande derramamento de petróleo atingiu a província de Esmeraldas, contaminando rios, manguezais e praias e chegando ao Oceano Pacífico. Houve danos ambientais, saúde afetada e mobilização local.
Guadalupe tenta transformar lixo em recurso
Guadalupe produziu 346,720 toneladas de resíduos em 2023. Iniciativas locais, artistas e políticas públicas promovem recuperação, upcycling e metas como arquipélago sem resíduos até 2035.